VERMINOSE EM CÃES

verminose (1)

Os parasitas intestinais dos cães, popularmente conhecidos como vermes, estão entre os agentes patogênicos mais encontrados em animais de companhia e constituem uma das principais causas de transtornos intestinais em cães.

Em cães a prevalência de verminoses gastrintestinais é elevada, sendo que os animais mais jovens são mais suscetíveis e apresentam manifestações clínicas mais graves.

O aparecimento de vermes em cães acontece por meio da transmissão por terra ou água contaminados. Assim que ingeridos pelos pets, os parasitas se alojam em intestinos, rins, fígado e coração dos animais e podem ser transmitidos aos humanos.

Mesmo que o pet seja vermifugado corretamente, ele sempre está suscetível a novas infestações ao passar por determinadas situações. Como por exemplo, frequentar lugares com grande fluxo de animais, como parques, creches ou canis; ou ingerir as próprias fezes ou as fezes de outros animais (coprofagia); não ter controle de ectoparasitas, como as pulgas; bem como quando viajamos para outros lugares com nossos pets, exempo região litorânea.

VERMES CHATOS (CESTÓDEOS):

Pertence ao filo Platyhelminthes e a classe Cestoda.

O ciclo de vida de todos os cestódeos (vermes em fita) caracteriza-se por 3 etapas — ovos, larvas e fase adulta. Os adultos habitam os intestinos de hospedeiros definitivos, mamíferos carnívoros.

  • Taenia multiceps/pisiformis/ovis/taeniaeformis/hydatigena: A tênia é um parasita do grupo cestoda (vermes achatados ou verdadeiros), que causa um grande impacto na saúde dos canídeos e dos humanos, já que algumas espécies podem causar zoonoses. As tênias pertencentes ao gênero Taenia são comuns em cães que têm acesso a carne crua.
  • Dipylidium caninum: Pertence a um grupo de parasitas conhecidos como os “vermes chatos” ou Tênias. É o verme chato mais abundante em cães e gatos. Este parasita atinge os animais de estimação através das pulgas. Quando a parasitose está instalada, é comum ver parasitas adultos em torno da cauda como “grãos de arroz” e que o animal raspe a área contra o solo. 
  • Echinococcus granulosus/multilocularis: É uma espécie de platelminto cestódeo da família Taeniidae. Os adultos parasitam o intestino delgado de canídeos, e as larvas utilizam como hospedeiro intermediário animais herbívoros, como ovelhas e bois, além do homem, causando o cisto hidático

 

VERMES REDONDOS (NEMATÓDEOS):

Pertence ao filo Nemathelminthes.

Os parasitas pertencentes a este filo apresentam corpo cilíndrico, alongado e não-segmentado, popularmente são conhecidos como “vermes redondos”.

Esta é a classe de maior destaque entre os helmintos devido a sua patogenicidade e ampla distribuição geográfica.

  • Ancylostoma braziliense/caninum: São vermes redondos, cujas larvas atingem o cachorro através do leite materno e são conhecidos como vermes “gancho”, já que se fixam firmemente nas paredes do intestino, ocasionando dor e podendo gerar sangramento que vai ser mais ou menos graves, de acordo com a quantidade de parasitas e as condições gerais do cachorro. Eles produzem anemias importantes, que podem colocar em risco a vida do filhote, especialmente se combinadas com outras doenças simultaneamente. A forma mais importante em que o Ancylostoma penetra no organismo é através da pele e, portanto, tanto os filhotes quanto os adultos devem ser vermifugados regularmente para reduzir o risco da coccidiose.
  • Toxocara canis/leonina: É um nematódeo, comumente encontrado parasitando cães e outros canídeos. Os animais são infectados quando ingerem ovos contendo larvas infectantes. Toxocara canis afeta principalmente filhotes, que produzem sinais de enterite. Toxocara canis é zoonótico. O parasita adulto habita o intestino delgado do hospedeiro e alimenta-se de substâncias líquidas do quimo. O quimo é misturado ao suco entérico, um líquido que contém enteroquinases (transforma o              tripsinogênio em tripsina), peptidases (finalizam a digestão de proteínas) e carboidrases (digestão de       dissacarídeos.
  • Trichuris vulpis: A Tricuríase é uma doença parasitária que acomete cães e gatos. Verme conhecido como Verme-chicote. A infecção pode se apresentar assintomática ou levar a uma diarreia sanguinolenta e inflamação do intestino grosso.  Os cães são infectados quando ingerem ovos infectantes. Podem ocorrer anorexia, perda de peso, cólica e anemia.
  • Ascaris lumbricoides : Eles são os vermes redondos mais frequentes. De fato, os filhotes já podem nascer infestados por esses parasitas, uma vez que as larvas têm a capacidade de passar da mãe para o filhote através da placenta e, quando o filhote nasce, continuam a passar pelo leite materno.
  • Uncinaria stenocephala: é um nematóide que parasita cães, gatos e raposas, além de humanos. É raro encontrar em gatos nos Estados Unidos. Uncinaria stenocephala é o ancilóstomo canino mais comum em regiões mais frias, como o Canadá e as regiões norte dos EUA, onde pode ser encontrado principalmente em raposas.

Sintomas da verminose

Os sintomas dependem de fatores como idade do animal, tipo de parasita e grau de contaminação. 

Cães com parasitoses gastrointestinais sofrem ação irritante e espoliativa dos helmintos que causam anorexia, diarreia, vômito e retardo no crescimento.

Também, levam o organismo a um quadro de imunossupressão que contribui para o aparecimento de processos de natureza infecciosa de origem bacteriana e viral.

Nem todo verme é visto a olho nu, apenas dois são possíveis: lombrigas e tênias.

Então,  fezes com sangue; fezes com consistência pastosa e cheiro mais forte; perda de peso; fraqueza; falta de apetite, podem ser indicativos de verminose.

As verminoses apresentam uma grande importância para a saúde pública devido ao alto potencial em causar doenças em humanos, as chamadas zoonoses.

Sabe-se, que:

  • Parasitas de diversas espécies do gênero Ancylostoma spp. causam em humanos uma zoonose conhecida como Larva migrans cutânea, popularmente chamada de bicho geográfico;
  • O toxocora,  toxocaríase, causa 2 síndromes principais: larva migrans visceral (que causa vários sintomas dependendo do órgão infectado) e larva migrans ocular (que geralmente não causa nenhum sintoma ou sintomas leves, mas pode resultar em comprometimento ou perda da visão).
  • O Dipylidium caninum, que provoca a dipilidiose em cães, apesar de não causar lesões graves pode também acometer o homem.

O protocolo de vermifugação deverá ser realizado de acordo com recomendação do médico-veterinário.

O aconselhável é uma dose de reforço 15 dias após cada vermifugação e a repetição do protocolo deverá ser realizada a cada 6 meses, 4 meses ou 3 meses, dependendo do ambiente (“desafio”) onde o animal vive.

Porque é Importante realizar exame de fezes?

O exame parasitológico de fezes (EPF) deve ser realizado quando os animais apresentarem palidez nas gengivas; anemia; diarréia com aspecto sangrento, escuro ou pegajoso; fraqueza, perda de peso e morte súbita nos filhotes; prurido (coceira) perianal. A importância do exame está em identificar precocemente o tipo de parasito que está acometendo o animal e realizar um tratamento eficiente.

Devemos  educar os proprietários de cães com relação aos potenciais riscos do controle inadequado de parasitos nesses animais, pois muitos parasitos são zoonóticos e podem afetar especialmente crianças pequenas e indivíduos imunocomprometidos.
Manter sempre as boas práticas de higiene, lavagem das mãos, uso de calçados ao ar livre, remoção rápida de fezes de cães no seu pátio, assim como orecolheminto das mesmas quando se passeia em parques e praças.

Fonte:

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