CALICIVIROSE FELINA
A Calicivirose Felina (CVF) é uma patógeno comum e altamente contagioso da população felina, conhecido por sua grande capacidade de mutação, causada pelo Calicivírus felino.
O calicivírus é um das principais causas de doença aguda do trato respiratório anterior e da cavidade oral em gatos.
O calicivírus felino (CVF) é um RNA vírus (fita simples) não envelopado, e muito mais suscetível a mutações do que os DNA vírus.
A predisposição à mutação é importante, pois cada gato pode possuir uma variante do CVF própria, denominada “quase-espécie” viral (gama de variedades diferentes, ou “núvem de variantes”, com mutações pontuais mínimas, mas que geram características antigênicas e, por vezes, patogênicas distintas)
As consequências desta rápida variação antigênica incluem o aparecimento de uma nova doença (com características e manifestações predominantes distintas), falha ou pouca efetividade vacinal, geração de resistência e cronificação da infecção.
Cerca de 80% dos gatos que sobrevivem à infecção aguda se tornam carreadores crônicos do CVF.
Estima-se que aproximadamente 25 a 30% dos gatos sadios pertencentes a criatórios comerciais e 10% dos gatos pertencentes a residências com um único animal sejam carreadores crônicos. alguns animais eliminam o vírus por toda vida.
Devido ao grande número de diferentes cepas de calicivírus, uma variedade de manifestações clínicas pode ser observada.
Dentre elas, as mais comuns são ulcerações orais e manifestações de doença do trato respiratório anterior, como:
- espirros,
- secreção nasal,
- secreção ocular.
As ulcerações na cavidade oral podem causar sialorreia e anorexia, e são mais frequentes na língua.
Em alguns casos, pode ocorrer pneumonia, manifesta por tosse, dispneia, febre e depressão e vista principalmente em animais muitos novos.
Especula-se também o envolvimento do calicivírus em gatos com o complexo gengivite-estomatite crônica.
O tratamento da calicivirose felina é sintomática.
A principal forma de controle da calicivirose é a vacinação.
Referência Bibliográfica:
Agener União. Boletim Pet. Volume 03/2015