HIPOTIREOIDISMO CANINO
O hipotireoidismo é o distúrbio endócrino.
É uma doença multissistêmica, que resulta do decréscimo da produção de tiroxina (T4) e tri-iodo-tironina (T3) pela glândula tireoide.
Como a produção desses hormônios é influenciada pela hipófise, pleo hipotálamo e pela própria tireoide, qualquer disfunção no eixo hipotalâmico-pituitário-tireoidiano pode acarretar o hipotireoidismo, ou seja o hipotireoidismo é definido como ação deficiente dos hormônios tiroidianos sobre seus órgão-alvo, secundária à secreção insuficiente de T3 e T4 , a defeitos de receptores nucleares ou a defeitos secretores ou moleculares.
As raças descritas como predispostas são: Dobermann Pinscher, Golden Retriever, Labrador, Cocker Spaniel, Schnauzer Miniatura, teckel, Setter Irlandês, Boxer, Beagle, Borzói e Dogue-alemão.
Os sintomas são insidiosos, geralmente não específicos e raramente patognomônicos da doença, o que torna de extrema importância o diagnóstico preciso da hipofunção tireoidiana por meio da dosagem hormonal.
Os sinais metabólicos observados incluem letargia, retardo mental, intolerância ao exercício e propensão ao ganho de peso, sem aumento do apetite e da ingestão de alimento. Outro sinal clínico é a intolerância ao frio, uma vez que há dificuldade em manter a temperatura corporal constante
A função da glândula tireoide é normalmente avaliada pela mensuração da concentração sérica basal de seus hormônios ou mensurando-se a resposta da glândula à estimulação com hormônio estimulador da tireoide.
O tratamento do hipotireoidismo tem como objetivo suplementar o hormônio tireoidiano em uma dose que controle os sintomas sem causar tireotoxicose.
Fonte: Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. Parte 19. Cap. 185. Vol. 2. e VETScience Magazine . Maio 2014.