TUMORES MAMÁRIOS

DOENÇAS SITE (1)

Nos dias de hoje ainda existe  a dúvida se devemos ou não castrar nossos Pets?

Uma grande justificativa para as campanhas de castração é evitar a superpopulação de cães e gatos sem donos, gerando o abandono.

Mas dentre as vantagens de realizar o procedimento de castração (ovariohisterectomia – OVH) é com certeza evitar  em 90% o aparecimento de tumores mamários.

Os tumores de mama são os neoplasmas mais frequentes em fêmeas caninas e representam um sério problema de saúde em cães no mundo todo, enquanto em gatas é o terceiro tipo de tumor mais diagnosticado.

São mais comuns em animais com média etária de 10 anos – 12 anos.

Os tumores mamários são raros em machos ou em animais jovens de ambos os sexos.

A etiologia dos neoplasmas mamários é multifatorial, estando envolvidos fatores genéticos, ambientais, nutricionais e hormonais.

A castração antes do primeiro cio estral é a melhor forma de prevenção ou diminuição da incidência dos neoplasmas mamários em cadelas  e gatas,ou seja, é altamente protetora contra o aparecimento de tumores de mama.

Estudos demostram que o procedimento realizado até os 2,5 anos de idade ainda traz grandes benefícios.

Bem como a não utilização de contraceptivos orais, pois esses progestágenos utilizados para suprimir o estro promovem alterações hiperplásicas e neoplásicas nas glândulas mamárias de gatas e cadelas.

A incidência de tumores malignos nas fêmeas caninas é de aproximadamente 70% e os carcinomas de diversos subtipos são os tumores mais prevalentes.

Nas gatas cerca de 80% a 90% dos tumores são malignos. 

Nas cadelas, quando malignos, ou tumores podem se disseminar para sítios metastáticos como linfonodos regionais e pulmão, com menor frequência para figado, rins, osso, pele, cérebro e glândula adrenal.

Nos felinos, ocorrem em cerca de 50% a 90% dos casos e os locais afetados são os linfonodos regionais, pulmão, figado e pleura.

Os tumores de mama em geral são discretos, firmes e nodulares, podendo ocorrer em qualquer região da cadeia mamária.

O tamanho é bastante variável, podendo ter alguns milímetros a vários centímetros de diâmetro.

Em  mais de metade dos casos há acometimento de múltiplas glândulas.

O tumor pode aderir a pele, mas raras vezes à parede do corpo.

É comum espremer secreção anormal pelos mamilos das glândulas acometidas, os linfonodos regionais ( axilar e inguinal) podem estar aumentados se tiver ocorrido metástase.

O diagnóstico dos tumores mamários é feito através do histórico, exame físico geral do paciente e exame especifico das cadeias mamárias através de minuciosa inspeção e palpação individual das mamas.

As cadelas apresentam normalmente cinco pares de glândulas mamárias, no entanto, o seu número pode variar de quatro a seis pares:

  • torácicas cranial e caudal (M1 e M2),
  • abdominais cranial e caudal (M3 eM4),
  • inguinal (M5)

As gatas comumente estão presentes quatro pares de glândulas mamárias:

  • torácicas cranial e caudal (M1 e M2),
  • abdominais cranial e caudal (M3 eM4),

A palpação dos linfonodos sempre deve ser realizada, principalmente os axilares, cervicais superficiais, inguinais e poplíteos.

Exames de citologia, biopsia e imagem são sugeridos para pesquisa de metástases.

O tratamento da neoplasia mamária é a excisão cirúrgica de todo o tecido anormal; com exceção do carcinoma inflamatório.

Técnica de escolha deve ser baseada no tamanho tumoral, estadiamento clínico, drenagem linfática e localização do tumor.

O nome da do procedimento é Mastectomia, podendo ser:

  • mastectomia simples;
  • mastectomia regional;
  • mastectomia radical uni ou bilateral.

Mas, a castração tem o lado positivo e o lado negativo.

Vale lembrar que para algumas raças, a castração precoce pode implicar no aumento da incidência de doenças ósseas, musculares, determinados neoplasmas como osteossarcoma, hemangiossarcoma, linfoma e mastocitoma cutâneo, sendo assim a realização da ovariohisterectomia – OVH, entre o segundo e terceiro cio,pode ser a escolha mais segura.

Outras ressalvas quanto a castração precoce são : pode predispor a episódios repetidos de cistite e vulvo-vaginite; incontinência urinária; deixar as fêmeas menos ativas; predisposição a obesidade; alteração da textura da pelagem; mais irritadiças; alterar a aparência quando adulta.

Converse sempre com seu Médico Veterinário, tire todas suas dúvidas, não banalize o procedimento cirúrgico.

Referência Bibliográfica:

Richard W. Nelson; C. Guillermo Couto. Medicina Interna de Pequenos Animais. Segunda Edição. Editora Guanabara Koogan S.A, 1992.

Boletim Pet; Volume 04 / 2017 – Agener União. Saúde Animal.

 

 

LINFOMA EM FELINOS
RINITE E SINUSITE CANINA
VAGINITE INFANTIL
PAPILOMATOSE VIRAL CANINA
PALPEBROPATIAS -ENTRÓPIO
DOENÇAS DO PAVILHÃO AURICULAR
MENINGOENCEFALITE GRANULOMATOSA – MEG – EM CÃES
PANLEUCOPENIA FELINA
NEOPLASIAS CUTÂNEAS
VERMINOSE EM GATOS
VERMINOSE EM CÃES
HIPOPLASIA DE ESMALTE DENTÁRIO
POSIÇÃO DE ORAÇÃO !
HIPERTIREOIDISMO EM FELINOS
CONSTIPAÇÃO CRÔNICA EM FELINOS
INTOXICAÇÃO POR BUFOTOXINAS EM CÃES
TUMORES MAMÁRIOS
FÍSTULAS PERIANAIS
PERIODONTIA / DOENÇA PERIODONTAL
HEPATITE INFECCIOSA CANINA
PARAINFLUENZA
CORONAVIROSE
ADENOVIROSE CANINA
OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA
CELULITE JUVENIL CANINA
HIPERTERMIA MALIGNA
CARCINOMA/ADENOCARCINOMA/COLANGIOCARCINOMA DO DUCTO BILIAR
DISPLASIA RENAL
SÍNDROME DO OVÁRIO REMANESCENTE
FÍSTULA INFRAORBITÁRIA
FÍSTULA ORONASAL
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM CÃES
COLAPSO TRANQUEIA
ESPIRRO REVERSO
HEMANGIOSSARCOMA
HEMANGIOMA CUTÂNEO CANINO
ODONTOLOGIA VETERINÁRIA
HIPOGLICEMIA
INSULINOMA
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA VIRAL FELINA (FIV)
TRICOBEZOAR
VÕMITO CRÔNICO EM GATOS
NEOPLASIA PROSTÁTICA
PROSTATITES
CISTOS E ABSCESSOS PROSTÁTICOS
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB)
AFECÇÕES PROSTÁTICAS EM CÃES
CORONAVÍRUS FELINO
CISTITE IDIOPÁTICA FELINA (CIF)
TÉTANO
UROLITÍASE
DISQUERATINIZAÇÃO
DESVIOS (SHUNTS) PORTOSSISTÊMICOS CANINOS
HIGROMA
DOENÇA DO SACO ANAL (SACULITE ANAL)
PEDICULOSE
ISOSPOROSE
TOXOPLASMOSE
HIPERADRENOCORTICISMO CANINO / SÍNDROME CUSHING
DOENÇA RENAL CRÔNICA
ARRITMIAS CARDÍACAS
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
BORDETELLA
CLAMIDIOSE FELINA
HEMOPARASITOSES EM GATOS
DERMATITE ATÓPICA CANINA / ATOPIA
DERMATITE ÚMIDA / ECZEMA ÚMIDO
HIPOADRENOCORTICISMO / DOENÇA DE ADDISON
HIPOTIREOIDISMO CANINO
PROBLEMAS NOS OLHOS
PERITONITE INFECCIOSA FELINA (PIF)
MASTOCITOMA
ENDOCARDITE BACTERIANA
LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
LARVA MIGRANS VISCERAL
LEPTOSPIROSE
DERMATOFITOSE / MICROSPORUM CANIS
DERMATITE ACRAL POR LAMBEDURA
PULICIOSE – PULGAS
DEMODICOSE CANINA/ SARNA DEMODÉCICA
DIROFILARIOSE
SARNA OTODÉCICA / SARNA DA ORELHA
SARNA SARCÓPTICA / ESCABIOSE CANINA
DIABETES MELLITUS
SÍNDROME DA DISFUNÇÃO COGNITIVA
LEUCEMIA VIRAL FELINA – FeLV
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR FELINOS
OTITES
RAIVA
GIARDÍASE
CASTRAÇÃO EM FÊMEAS! CADELAS E GATAS!
CASTRAÇÃO EM MACHOS! CÃES E GATOS!
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
CALICIVIROSE FELINA
RINOTRAQUEÍTE VIRAL FELINA- HERPESVÍRUS FELINO
BOTULISMO
HIPERPLASIA ENDOMETRIAL CÍSTICA E PIOMETRA
DIPILIDIOSE
PARVOVIROSE
HEMOPARASITOSES EM CÃES
CINOMOSE